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29 de maio de 2013

Fettuccine (caseiro) ao molho de tomate e manjericão

  Feriadão chegando, quatro dias em casa (para quem conseguiu enforcar, né?) e tempo de sobra para uma aventura na cozinha. Ok, fazer massa em casa dá trabalho!! Nem tanto depois que você ganha experiência. Nas primeiras vezes, sua cozinha ficará encoberta por uma camada de farinha de trigo. Não se desespere, é só uma questão de treino para que isso não se repita mais. E tenho certeza que quando você experimentar sua massa fresquinha, leve e muito saborosa, você vai esquecer do trabalho que teve para fazê-la.
  Ah, mas macarrão??? Engorda!! Vamos lá, macarrão é carboidrato, como pão e arroz. Todos os dias consumimos carboidratos, que são importantes para nosso organismo obter energia necessária para que nossas células possam trabalhar. Claro que deve ser consumido com moderação... E o maior vilão da massa é o molho. Se ele for feito com creme de leite, queijos "gordos" (como gorgonzola) manteiga e requeijão, aí amigos, engorda mesmo. Mas, nesse caso, acompanhei com um molhinho de tomate simples, bem caseiro e leve. Então, faça esse prato e diminua um pouco a culpa. Mas outro dia faço uma receita deliciosa com um molho mais "gordinho", porque ninguém é de ferro :)



Fettuccine ao molho de tomate e manjericão

para a massa

200 g de farinha de trigo
200 g de semolina grano duro (ou durum)
4 ovos
1/2 colher chá de sal

Coloque as farinhas já misturadas com o sal em uma tigela. Abra um buraco no meio, e lá coloque todos os ovos. Misture tudo, e coloque sobre uma bancada, sovando bem a massa. A semolina deixa a massa mais dura, se precisar, acrescente um pouquinho de água para ajuda-lo a sovar. Trabalhe bem essa massa até que ela fique lisa. Forme uma bola, envolva com filme pvc e reserve em temperatura ambiente para descansar, de 30 a 60 minutos.
Para quem tem a máquina de macarrão como a minha: corte sua massa em 3 porções. Abra cada uma delas com um rolo de massa. Ajuste a máquina para a espessura maior e passe uma das porções. Cada vez que você fizer esse procedimento, diminua um ponto na graduação da máquina, até atingir a mais fina. Corte retângulos do mesmo tamanho.
Repita com toda a massa, e depois use o utensílio de corte para fazer o fettuccine. Polvilhe farinha na massa já cortada.
Para quem não tem uma máquina como essa: separe a massa em 3 porções. Polvilhe a bancada com farinha de trigo, e abra cada porção com um rolo de massa, até obter a espessura correta (fina como uma lâmina de faca). Corte retângulos grandes e passe farinha por cima deles também. Corte tiras compridas com uma boa faca, e tente fazer com que todas as tiras tenham a mesma largura.
Reserve.



para o molho

1 lata de tomate pelado italiano
1/2 cebola picada
3 dentes de alho picados
3 colheres sopa de azeite (não use o extra virgem)
sal à gosto
1 pitada de açúcar
folhas de manjericão fresco à gosto
pimenta do reino

Refogue a cebola e o alho no azeite (fogo médio). Acrescente o tomate picado grosseiramente e tempere com o açúcar, o sal e a pimenta do reino. Refogue um pouco, e por último acrescente o suco do tomate que estava na lata e o manjericão.

Coloque água para ferver temperada com sal. Cozinhe a massa mas cuidado, ela ficará pronta muito mais rápido do que as massas compradas prontas.
Escorra e coloque o molho por cima. Sirva com um bom parmesão ralado, ou cortado em lascas (como eu fiz).

Rendimento: 4 porções.

Obs.: a semolina é usada para enriquecer a massa, e ajuda a dar o ponto "al dente" ao seu macarrão. Caso não queira usá-la, é só substituir pela mesma quantidade de farinha de trigo.
A massa com semolina não fica "mole", ela é mais resistente mesmo. Então, quando sovar, ela deve ficar homogênea, mas não macia.
Indico não usar o azeite extra virgem por ele ser mais caro e, quando aquecido, perde aroma e sabor. Por isso não compensa usá-lo em refogados. Também não devemos deixar o azeite em fogo alto, para ele não atingir seu ponto de fumaça. Isso o tornaria prejudicial.
Para fazer quantidade diferente de massa use sempre a seguinte medida: 1 ovo para cada 100 gr de farinha.

25 de maio de 2013

Medalhão ao vinho com risoto de gorgonzola

  Algumas pessoas têm medo do risoto, acham difícil de fazer. Eu digo que o risoto só requer carinho, atenção e prática. O segredo de um bom risoto começa pelo arroz, você deve usar um específico para este prato. Existem três tipos: arroz arbório (mais comum no Brasil), arroz carnaroli (mais usado pelos italianos) e o arroz vialone nano (tipo que resulta em um risoto mais cremoso que os outros). Use também ingredientes de boa qualidade: um bom vinho, manteiga, parmesão... Eu costumo mexer o risoto com uma colher de pau, durante todo o tempo de cocção. Assim ativamos o amido contido no arroz, o que faz com que ele fique bem cremoso. E temos que ficar de olho no ponto do arroz, que não deve ser muito duro, nem macio demais: um bom risoto mantém o grão "al dente".
  Dadas as dicas, vamos à receita de hoje.



Medalhão ao vinho com risoto de gorgonzola

Para o risoto

300 g de arroz (escolha um dos tipos citados acima)
80 g de manteiga gelada
1/2 cebola picada
1 xícara de vinho branco
1 1/2 litros de caldo de legumes (quente)
120 g de queijo gorgonzola cortado em pedaços
sal à gosto (se necessário)

Refogue a cebola em 30 g da manteiga. Quando ela murchar (sem dourar), junte o arroz e deixe refogar até todos os grãos estarem cobertos de manteiga. Acrescente o vinho e deixe evaporar um pouco. A partir deste ponto, você deve ir acrescentando o caldo quente, uma concha por vez, sempre mexendo (só acrescente a próxima concha quando o caldo acrescentado anteriormente estiver secando). Depois de aproximadamente 10 minutos, vá experimentando o ponto do arroz. Quando ele estiver quase pronto, acrescente o gorgonzola e mexa bem para que derreta. Por último, assim que desligar o fogo, misture a manteiga restante cortada em cubos, e mexa vigorosamente. Prove o sal (o gorgonzola é bem salgado, eu nem precisei usar sal na receita pois já tinha salgado um pouco o meu caldo).
Sirva imediatamente, pois o risoto começa a ressecar quando esfria.

Para o medalhão e o molho de vinho

900 g de filé mignon cortado em 6 medalhões
10 gramas de manteiga + 1 fio de óleo
sal
pimenta do reino

1 1/2 xícaras de vinho tinto
10 g de manteiga
10 g de farinha de trigo
um pouco do caldo de frango usado no risoto (se necessário)

Faça uma "pasta" com 10 g de manteiga em temperatura ambiente, e 10 g de farinha (é chamada de roux, e serve para engrossar molhos). Reserve.
Tempere a carne com sal e pimenta do reino à gosto. Em uma frigideira, derreta a manteiga (10 g) junto com o óleo e, quando estiver bem quente, coloque os medalhões, deixando bem dourados por fora, mas ainda vermelhos e macios por dentro (eu prefiro mal passado).
Reserve a carne, e aproveite a mesma frigideira para fazer o molho (aquela "crosta" formada na frigideira mantém todo o sabor da carne). Ainda com a frigideira quente e o fogo aceso, acrescente o vinho. Deixe evaporar um pouco. Junte o roux, mexendo bem com um fouet para que não fique empelotado. Se ficar muito grosso, acrescente um pouco do caldo de frango. Deixe reduzir um pouco, e sirva sobre os medalhões ainda quentes.

Rendimento: 6 porções.

Obs.: o segredo dessa refeição é deixar todos os ingredientes separados e à mão. Como não podemos passar o ponto do risoto, e devemos servi-lo imediatamente após ficar pronto, temos que fazer a carne enquanto o risoto ainda está cozinhando.

24 de maio de 2013

Cookies com gotas (que não são gotas) de chocolate

  Estive ausente durante esta semana. Muita correria, vazamento na cozinha sem solução... Enfim, final de semana espero trazer algo bem gostoso para vocês.
  E, para comemorar a sexta feira, uma receitinha que podemos fazer com as crianças e faz sucesso com todo mundo. Aqui em casa minhas filhas fazem, as amigas delas e as primas também (porque quase sempre tem criançada se reunindo aqui).
  Dessa vez experimentei a receita deste blog, que adoro. Escrevi no título deste post gotas "que não são gotas" porque eu só costumo comprar chocolate em barras, e não em gotas. E eu gosto quando meus cookies ficam com esse jeitinho rústico que o chocolate em lascas dá. A receita que escrevo aqui foi ligeiramente adaptada por mim, para facilitar minha vida (e também para se adequar ao que eu tinha em casa).



Cookies com gotas de chocolate

280 g de farinha de trigo
1 colher de chá de bicarbonato de sódio
3/4 colher de chá de sal
200 g de manteiga sem sal, derretida, mas quase fria
200 g de açúcar granulado (o açúcar cristal)
100 g de açúcar mascavo
1 colher de chá de baunilha
3 colheres de sopa de água
200 g de chocolate meio amargo (em gotas, ou em lascas, como eu usei)

Coloque no bowl da batedeira a manteiga, os açúcares, a baunilha e bata, em velocidade baixa, até incorporar tudo. Peneire a farinha com o sal e o bicarbonato, e junte à mistura de manteiga, batendo mais um pouco em velocidade ainda baixa, até obter uma massa esfarelada. Junte a água, e você verá que a massa ficará mais uniforme. Misture o chocolate, usando uma espátula.
Eu faço os cookies usando duas colheres de sopa: pego uma quantidade de massa com uma das colheres e vou moldando os cookies em bolas com a ajuda da outra colher.
Coloque em assadeiras, dando uma boa distância entre os biscoitos, e deixe por alguns minutos na geladeira.
Coloque em forno pré-aquecido a 180º C por aproximadamente 20 a 25 minutos (uma assadeira por vez, deixando a grade do forno na posição central).


Obs.: eu corto o chocolate usando uma boa faca - coloco a barra em cima de uma tábua e vou "raspando" a faca no chocolate, de modo que ela fique na posição vertical em relação à tábua.
Eu costumo usar as duas colheres para moldar os cookies, pois o calor das mãos derrete a manteiga.
Levo sempre os cookies à geladeira antes de assar pois, quando eles vão ao forno, acabam derretendo e se espalhando. Por isso também os moldamos como bolas, pois eles "achatam" conforme vão assando.

Rendimento: 30 unidades (vai depender do tamanho que você fizer)

19 de maio de 2013

Petit gâteau de chocolate

  Uma das coisas que mais confortam a alma é uma sobremesa de chocolate bem quentinha. O petit gâteau é uma das minhas preferidas, porque quando cortamos esse bolinho escorre uma "lava" cremosa e densa de chocolate, que combina perfeitamente com um bom sorvete de creme.
  Há quem diga que o petit gâteau está out, fora de moda. Quem me conhece sabe que não ligo nada para moda, não mesmo. Ainda mais quando se trata de comida. Por que deixaria de comer algo delicioso só porque saiu de moda? Alguns restaurantes já devem ter até tirado essa delícia de seus cardápios, o que é natural, pois eles têm que se renovar. Então, trago esta receita para vocês. Não tem mistério nenhum, é super fácil de fazer e, mesmo fora de moda, vai fazer o maior sucesso na sua casa. 
  A única dificuldade que você vai encontrar é se não tiver as forminhas. Nada que atrapalhe, é só compra-las em qualquer loja que venda utensílios para cozinha (se não achar a forminha específica, tem no mercado umas de mini pudim que servem bem).
  A receita de hoje foi tirada deste livro, que adoro.



Petit gâteau de chocolate

200 gr de chocolate meio amargo em barra
200 gr de manteiga sem sal
4 ovos
4 gemas
110 gr de açúcar
60 gr de farinha de trigo peneirada
manteiga para untar as forminhas

Derreta o chocolate com a manteiga no microondas (ou em banho-maria). Acrescente os ovos e gemas e misture bem com um fouet (sem bater). Por último junte o açúcar e a farinha e misture mais um pouco até a massa ficar homogênea.
Preencha as forminhas já untadas com a massa (não encha as forminhas até a boca, essa massa não leva fermento, mas cresce um pouco nas bordas enquanto assa). Leve ao forno pré-aquecido a 200º C por 8 minutos (o meu forno precisou de 10 minutos para ficar pronto). Você verá a massa mais firme nas laterais das forminhas, e bem cremosa no centro. Este é o ponto. Para desenformar, passe uma faquinha na lateral das forminhas, com muito cuidado, para não cortar nenhum pedacinho do bolinho. Coloque o prato em que vai servir sobre a forminha, e vire para que o petit gâteau se solte no pratinho. Sirva ainda quente.

Rendimento: 7 bolinhos.

Obs.: para derreter chocolate
- microondas: coloque o chocolate em um refratário e leve ao microondas por 1 minuto. Mexa bem e, se necessário, coloque por mais um minuto. O tempo vai depender da quantidade de chocolate que você for usar.
- banho-maria: coloque um pouco de água em uma panela não muito grande e deixe ferver. Coloque o chocolate em um refratário e disponha sobre a panela, de maneira que o fundo do refratário não encoste na água (para não queimar o chocolate).Mexa bem. Outra dica é que o refratário deve ser maior do que a boca da panela, para que não respingue gotas de água sobre o chocolate.
A receita original diz que o rendimento é de 10 unidades, mas o meu rendeu 7 bolinhos. Depende do tamanho das forminhas que você vai utilizar.
O ideal é que você sirva o petit gâteau já em pratinhos individuais, pois não devemos ficar mexendo nele, para evitar que quebre.


18 de maio de 2013

Picadinho de mignon ao vinho tinto

  O sábado aqui no Rio de Janeiro está chuvoso, dia de não fazer nada e ver um bom filme debaixo das cobertas. Mas, quem tem criança em casa, não pode se dar esse luxo :)
  Então, para alegrar o dia, uma comidinha bem comfort food para aquecer nosso corpo e nossa alma. Esse picadinho de mignon é bem simples e rápido de fazer, e muito saboroso. Como todos aqui em casa somos "farofeiros" (rsrsrs), fiz uma farofinha de alho e cenoura que sempre faz sucesso, pois fica bem molhadinha. E, para acompanhar, sempre cai bem uma saladinha de alface com tomate cereja (sem nenhum molho especial, só com azeite, pois já tem bastante sabor nos outros pratos).



Picadinho de mignon ao vinho tinto

600 gr de filé mignon cortados em pedaços não muito pequenos
100 gr de bacon cortado em cubinhos
1/2 cebola picada
2 dentes de alho picados
2 colheres de sopa de óleo
1 colher de sopa de farinha de trigo
1 xícara de chá de um bom vinho tinto
1 colher de chá generosa de páprica picante
sal
pimenta do reino
cebolinha para decorar

Tempere a carne com sal e pimenta do reino. Em uma panela coloque o óleo, a cebola e o bacon. Quando estiver dourado, acrescente o alho. Deixe refogar e junte a carne temperada (o fogo deve estar alto para que a carne doure sem cozinhar demais). Quando a carne estiver dourada, acrescente a farinha de trigo e deixe cozinhar um pouco. Junte o vinho e a páprica, e deixe o álcool evaporar. Verifique o sal. O suco que saiu da carne e o vinho foram suficientes para fazer um bom molho (engrossado com a ajuda da farinha de trigo). Caso queira mais molho, acrescente um bom caldo de carne. Decore com a cebolinha cortada.

Vou explicar como faço a farofa, pois é bem simples. Coloque em uma frigideira 3 colheres de sopa bem generosas de manteiga. Quando estiver totalmente derretida (sem queimar), acrescente 1/2 cenoura grande ralada (no lado mais grosso do ralador) e deixe refogar. A manteiga ficará com uma cor alaranjada, linda, por causa da cenoura. Acrescente 4 dentes de alho picados e deixe pegar gosto, mas sem escurecer o alho. Só então junte a farinha de mandioca (prefiro usar a torrada, pois a textura da farofa fica bem melhor) e ajuste o sal. Acho que usei mais ou menos 2 xícaras de chá de farinha. Essa farofa fica bem molhadinha e crocante, e é ideal para acompanhar carnes com molho.

Rendimento: 6 porções.

Obs.: o segredo desse picadinho é o ponto da carne. O filé mignon é muito macio, então não necessita muito tempo de cocção (ele deve ficar bem suculento).

17 de maio de 2013

Quiche de queijo minas com tomatinhos e manjericão

  Ninguém merece vazamentos em casa... Ainda mais na cozinha!! É isso mesmo, tem uma água (ainda bem que é limpa) saindo de baixo da pia da minha cozinha. O pior é que o armário é feito sob medida, com acabamento em granito. Ou seja, não dá para saber de onde vem a bendita água sem quebrar o armário. Ficamos dois dias com os registros fechados, e a água ainda brotando. Pedimos à vizinha de cima que fechasse o registro dela, e a água brotando... Se bem que, infelizmente, ela não mantém o registro o tempo todo fechado. Aí, fica difícil... Enfim, temos que resolver. Mas o tal vazamento não podia ser no banheiro??!! :(
  A receita de hoje é uma quiche mais leve pois não leva queijo amarelo, e sim queijo minas. Delícia!!!



Quiche de queijo minas com tomatinhos e manjericão

Massa

225 gr de farinha de trigo
115 gr de manteiga sem sal gelada cortada em pedaços
1 gema
3 gr de sal
água gelada

Misture a farinha, a manteiga e o sal usando a ponta dos dedos, sem trabalhar muito a massa, até fazer uma "farofa". Juntar a gema e o sal, misturando mais um pouco. Adicione a água gelada, aos poucos, só até dar ponto na massa para formar uma "bola". A massa não é muito úmida, cuidado com a quantidade de água. Enrole em um plástico e leve à geladeira para descansar, por pelo menos 30 minutos.
Após o tempo de descanso, abra a massa em uma fôrma própria para quiche (desta vez usei uma baixa, canelada, com 25cm x 4cm). Eu costumo abrir a massa com as pontas dos dedos na própria fôrma, mas você pode abrir com um rolo de massa. É só colocar a massa entre dois plásticos (pode ser daqueles saquinhos de congelar, ou filme pvc), abrir com o rolo e coloca-la sobre a fôrma, retirando as sobras.
Pré-aquecer o forno a 200º C, e levar a massa para assar durante 15 minutos (você deve cobrir o fundo da massa com papel manteiga, e colocar grãos de feijão sobre ele).

Recheio

300 gr de queijo minas (esfarelar com um garfo)
12 tomatinhos cereja (usei o sweet grape, pois é mais doce)
folhas de manjericão à gosto (usei meio maço)
3 ovos
200 gr de creme de leite (1 caixinha)
200 ml de leite
3 gr de sal
pimenta do reino
2 colheres de sopa de um bom parmesão ralado

Misturar bem os ovos, o creme de leite, o leite, o sal e a pimenta do reino, fazendo um creme.
Juntar a este creme o queijo minas e algumas folhas do manjericão. Colocar esta mistura sobre a massa pré-assada, e enfeitar com os tomatinhos (cortados no sentido do comprimento) virados para cima (veja na foto). Acrescente mais folhas de manjericão e coloque por cima o queijo parmesão ralado.
Levar ao forno (que já está ligado na temperatura 200º C) durante 50 minutos, aproximadamente.

Obs.: quando pré-assamos qualquer massa do tipo quiche ou tortas (doces ou salgadas), não colocamos recheio sobre ela, ou seja, nenhum peso para segurá-la. Então, o calor do forno cria bolhas na massa que está no fundo da fôrma, o que dificulta colocarmos o recheio depois. Por isso utilizamos essa técnica dos grãos de feijão, para que façam peso sobre a massa e esta não fique "inflada" quando pré-assada. Eu coloco o feijão (cru, hein gente!) diretamente sobre a massa, e nunca tive problemas. Mas a maioria das pessoas coloca o papel manteiga por baixo, para evitar que o feijão grude na massa, e fique mais fácil retirá-los depois. Na dúvida utilize o papel, para você não correr o riso de perder seu tempo e os ingredientes que já usou. Aproveite para você guardar estes grãos de feijão, e sempre que você precisar terá seu feijãozinho separado para esta finalidade (ele não pode ser usado para cozinhar depois, pois ficará torrado).
Se você não tiver o tomate cereja ou o sweet grape em casa, não deixe de fazer a receita, utilize o que você tem. Mas garanto que o sabor adocicado desses tomatinhos faz uma diferença incrível no resultado final.
Utilize as folhas maiores do seu manjericão para colocar por último, por cima do creme, pois sua quiche ficará ainda mais bonita!!

13 de maio de 2013

Frango ao curry

  A comemoração do meu dia das mães começou no sábado, com um almoço delicioso. Estávamos eu, minha avó, minhas filhas e minha mãe (além do meu amor, bendito fruto entre todas essas mulheres).
  Infelizmente não consegui tirar foto do cardápio, conversamos muito, curtimos juntos, e vou ficar devendo a receita principal do dia: camarão nas nuvens. Por que esse nome? Não sei, a receita está na família há muitos anos e, para mim, só tem uma justificativa: é tão bom que me sinto nas nuvens quando como este prato. Prometo a receita para vocês o mais breve possível (com uma foto bem bonita).
  Então, venho dar os parabéns atrasado a todas as mães que acompanham o meu blog. Espero que tenham passado um dia maravilhoso com seus filhos, suas mães e avós.

  A receita de hoje é uma das minhas preferidas, pois é extremamente saborosa, e rápida de se fazer. Espero que gostem!!



Frango ao curry

400 gr de filé de frango cortado em pedaços de 2cm
4 dentes de alho picados
1/2 cebola picada
4 colheres de sopa de curry em pó
2 pimentas dedo de moça picadas
1/3 de maço de coentro picado
3 colheres de sopa de óleo
200 gr de creme de leite
sal
pimenta do reino

Tempere os pedaços de frango com sal e pimenta do reino a gosto, 2 dentes de alho picados e 2 colheres de sopa do curry. Deixe reservado.
Em uma panela coloque o óleo e refogue a cebola e o restante do alho. Acrescente o frango já temperado. Refogue bem, para que o frango fique totalmente cozido (mas cuidado, não deixe muito tempo para não ressecá-lo).
Junte o creme de leite, o restante do curry, a pimenta dedo de moça e o coentro. Prove o tempero e acrescente sal, se necessário. Manter em fogo baixo, sem deixar ferver, somente para apurar os sabores.
Sirva com arroz e uma bela salada verde.

Rendimento : 3 porções.

Obs.: o curry é um tempero muito utilizado na culinária asiática. Nesta receita usei o curry em pó, que é uma mistura de várias especiarias como o açafrão, cardamomo, coentro, gengibre, cominho, etc. Podemos achar o curry em lojas especializadas, ou mesmo em supermercados (ele fica naquelas gôndolas de temperos vendidos em pacotinhos, como o orégano e outros desidratados).
Experimentem este prato e, quem nunca comeu o curry, pode dosar a quantidade de acordo com seu paladar.

8 de maio de 2013

Saladinha de quinoa

  Adoro saladas!! São leves, saborosas, saudáveis.
  Essa saladinha é feita com quinoa, um grão descoberto há algum tempo, muito recomendado pois contém uma grande quantidade de nutrientes como ômega 3 e 6 (reduzem colesterol e previnem doenças cardiovasculares), fibras (regulam o intestino), proteínas (fortalecem os músculos), zinco (sistema imunológico), além de ferro, cálcio, vitaminas diversas (principalmente do complexo B), etc. Além disso, não contém glúten.




Saladinha de quinoa

125 gr de quinoa (1 xícara) - usei a mista, com grãos brancos e vermelhos
400 ml de água (2 xícaras)
1 cenoura média cortada em cubos de 1cm
1 folha de louro
1/2 alho poró cortado em rodelas (reserve 2 folhas)
1 cebola roxa pequena picada
1 abobrinha cortada em cubos de 1 cm
1 pimenta dedo de moça picada
1/2 maço de hortelã
10 tomatinhos cereja (usei o sweet grape)
azeite
sal
pimenta do reino

Para cozinhar a quinoa coloque-a em uma panela com a água, as duas folhas de alho poró, o louro, os cubinhos de cenoura e sal à gosto. Deixe cozinhar até secar a água (como fazemos com o arroz). Reserve e deixe esfriar.
Em outra panela, coloque de 3 a 4 colheres de sopa de azeite e refogue a cebola e o alho poró. Quando murcharem, acrescente a abobrinha e tempere com sal e pimenta do reino. Deixe refogando sem mexer muito, até a abobrinha estar cozida, mas não muito mole.
Reserve e deixe esfriar.
Faça um molho com as folhas de hortelã, 1/4 de xícara de azeite e uma pitada de sal (bata tudo em um mini processador, ou com um mixer).
Em uma travessa junte a quinoa cozida com a cenoura, o refogado de cebola com alho poró e o molho de hortelã. Junte a pimenta dedo de moça e os tomatinhos cortados ao meio. Prove o sal e acerte, se necessário.
Guarde em geladeira durante algumas horas antes de servir, para que os sabores fiquem bem apurados.
Essa salada fica linda quando servida de forma individual, como uma entradinha.

Rendimento: 5 porções.

Obs.: eu uso a pimenta dedo de moça, porque AMO. Mas pode fazer sem, pois ela ficou bem picante. Eu sugiro o uso do tomate cereja (ou sweet grape) porque são mais saborosos, mas você pode usar qualquer tomate que tiver em casa.

4 de maio de 2013

Quibe de forno (e um delicioso creme de limão)

  Mais uma receita bem prática e saborosa... Aqui em casa esse quibe sempre faz sucesso, seja nas refeições, ou como aperitivo. Esse creme de limão dá um sabor todo especial à receita, vale a pena experimentar!




Quibe de forno com creme de limão

Para o quibe

600 gr de carne moída (eu uso patinho, ou chã)
300 gr de trigo para quibe
1 cebola
1 maço de hortelã
azeite
sal
pimenta do reino à gosto

Hidrate o trigo (coloque em um bowl com água suficiente para cobri-lo, durante 20 minutos), e retire o excesso de água, espremendo-o com as mãos.
Pique a cebola e as folhas de hortelã (eu uso um mini processador e bato os dois juntos).
Junte o trigo, a carne moída, a mistura de cebola e hortelã, e 3 colheres de sopa do azeite. Tempere a gosto com sal e pimenta do reino à gosto.
Coloque em um tabuleiro (usei um de 23cm x 35cm) untado com azeite, e leve ao forno pré-aquecido a 220º C por, aproximadamente, 30 minutos.

Para o creme de limão

150 gr de cream cheese (1 pote)
100 gr de creme de leite
suco de 1 limão tahiti
ciboulette picada, a gosto (é uma cebolinha francesa, bem fininha, deliciosa)
1 pitada de sal
1 pitada de açúcar (para diminuir a acidez)

Misture todos os ingredientes e sirva com o quibe.

Obs.: eu tenho um pé de ciboulette em casa, mas você pode usar a cebolinha normal, cortada bem fininha.

2 de maio de 2013

Quiche integral de ricota com espinafre

Atualização em 23/09/15 

Recebi o comentário de uma leitora do blog (verifiquem no final deste post) questionando o que foi dito nessa receita sobre o uso da farinha integral. Concordo plenamente com ela, como podem ver na minha resposta.
Na época em que fiz essa receita, tinha a visão errada da maioria de que não era possível cozinhar com farinha integral em 100% da receita. Hoje, após minha reeducação alimentar, sei que isso é sim possível. As receitas mais atuais já acompanham a importância na melhoria da nossa alimentação. Obrigada a vocês, leitores, que comentam e dividem comigo suas experiências, para que eu possa, inclusive, atualizar as postagens mais antigas!! Beijos.



É grande a discussão sobre os produtos integrais. A grande maioria desses levam em sua composição a farinha de trigo integral e a farinha de trigo branca. Então por que são denominados produtos integrais, se são feitos também com a farinha branca?
  O que acontece é que a farinha de trigo integral é infinitamente mais benéfica do que a branca. Apesar da quantidade de calorias ser quase a mesma (em 100 gr, a diferença é de menos de 10 calorias entre elas), a farinha branca passa por um processo que descasca o grão do trigo, tirando todos os seus nutrientes contidos em sua casca, enquanto a integral é utilizada inteira. Então, a vantagem da integral são suas fibras e alguns nutrientes que não existem mais na farinha branca.
  Então, por que não usamos somente a farinha de trigo integral, já que ela é muito mais rica do que a branca? Simples, porque ela é uma farinha mais seca e "pesada", o que compromete a textura de bolos, pães e outras preparações. Por isso é necessário misturar as duas farinhas: para obter os nutrientes da integral, e a textura da branca. Isso causa polêmica, pois os mais radicais dizem que o produto não deve ser chamado então de integral. Eu, particularmente, não concordo. Se a massa leva em sua composição a farinha integral, já se justifica o nome, desde que seja discriminado o uso da farinha de trigo branca. Agora, o problema é que nem todas as pessoas têm o hábito de ler a composição e tabela nutricional dos alimentos que consomem.
  Enfim, eu acho extremamente importante a mudança dos hábitos alimentares das pessoas. E já acho muito válido que seja incluída na dieta de todos a farinha de trigo integral, mesmo que não seja totalmente retirada a farinha de trigo branca. Não adianta, a meu ver, fazer uma receita de pão, massa, quiche etc que só contenha farinha de trigo integral, se o resultado não for gostoso. Melhor que se consuma boa quantidade da farinha integral misturada à branca em várias preparações, do que não conseguir comer os produtos feitos totalmente com a farinha integral.
  Vamos à minha receita de quiche integral (ou semi-integral?).

Quiche integral de ricota com espinafre

Massa

120 gr de farinha de trigo
130 gr de farinha de trigo integral
125 gr de margarina (use uma boa marca)
1 gema
4 gr de sal
água gelada

Misture as farinhas, a margarina, a gema e o sal. Acrescente água gelada, aos poucos, somente para dar ponto à massa (eu só precisei de 1 colher de sopa, a massa não fica muito molhada, é só para que ela fique uniforme).
Abra a massa em uma fôrma de fundo removível, de 25cm de diâmetro, forrando o fundo e as laterais. Eu gosto de abrir a massa com as mãos, pressionando com os dedos, mas você pode abrir com o rolo, colocando a massa entre duas folhas de filme plástico e depois transferindo-a para a fôrma.

Recheio

1 maço de espinafre picado grosseiramente
3 dentes de alho picado
300 gr de ricota fresca esfarelada grosseiramente
sal à gosto
pimenta do reino
2 colheres de sopa de azeite

400 gr de creme de leite
400 ml de leite
2 ovos
2 gemas
4 gr de sal
pimenta do reino

Coloque o azeite em uma frigideira, e refogue o alho e acrescente o espinafre. Ele vai cozinhar em seu próprio "caldo". Quando estiver cozido, acrescente a ricota, tempere com sal e pimenta e reserve.
Misture o creme de leite, o leite, os ovos e gemas, a pimenta e o sal. Mexa bem para incorporar tudo e junte o refogado de espinafre.
Coloque sobre a fôrma, e leve ao foro pré-aquecido a 220º C por aproximadamente 50 minutos (ou até estar levemente dourada).



Obs.: Não usei cebola no refogado do espinafre pois os dois soltam bastante água, e correria o risco da quiche ficar com o recheio mole. Por isso uso só o alho. 
Pode acreditar, esta massa fica deliciosa, e com uma textura muito boa, crocante, mas não dura.
Vale à pena fazer estas pequenas modificações em seu cardápio do dia a dia, acrescente a farinha de trigo integral quando possível, use o arroz integral, etc. Pequenas mudanças fazem grandes diferenças.